Aristocracia

A palavra aristocracia vem do grego antigo (de áristos, “melhor” e krátos, “poder, força”) significando uma forma de governo em que um pequeno grupo dominante privilegiado, os aristocratas, detém o poder.

O termo originou na Grécia antiga, usado pela primeira vez por Aristóteles e Platão, para descrever um sistema de governo no qual apenas os melhores cidadãos, os mais qualificados,  se tornariam governantes. Aristocracia contrapunha-se favoravelmente à monarquia, governada por um indivíduo.

Platão, Sócrates, Aristóteles, Xenofonte e os espartanos consideravam a aristocracia a forma ideal de governo, melhor do que o governo de muitos. Alertavam, porém, que uma aristocracia corrupta era pior do que a forma corrompida da democracia.

Na prática, a aristocracia muitas vezes leva ao governo hereditário, definido por critérios de sangue (a nobreza).

As aristocracias dominaram o poder político e econômico durante a maior parte dos períodos medieval e moderno em quase toda a Europa, usando sua riqueza e propriedade da terra para formar uma poderosa força política. As Revoluções Inglesas do século XVII foram o primeiro esforço organizado para reduzir o poder aristocrático na Europa.

No século XVIII, a burguesia usou de sua riqueza para comprar títulos de nobreza e ascender à classe aristocrática, com algum sucesso. No entanto, a abolição dos privilégios durante a Revolução Francesa (1789) foi um duro golpe contra a aristocracia.

Em meados do século XIX, têm-se uma nova definição do aristocrata que passa a ser o burguês rico e aristocracia, a qualquer minoria dominante. Os aristocratas ainda mantinham o domínio político na Grã-Bretanha, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Áustria e Rússia, mas era um domínio cada vez mais precário e disputado com os grandes industriais.

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) reduziu drasticamente o poder dos aristocratas em todos os principais países. Na Rússia, os aristocratas foram presos e assassinados pelos comunistas de 1917. Depois de 1920, governos liberais e socialistas cobraram pesados impostos sobre os proprietários de terras levando à perda de poder econômico.

Em contraste com seu conceito original na Antiguidade clássica, a aristocracia contrapõe-se, na era moderna, à democracia aproximando-se da ideia de meritocracia.

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