Escova de dente e higiene bucal: uma história

Escova de dente e higiene bucal: uma história

Há 3.000 anos, os antigos egípcios e babilônicos usavam “varetas de dentes”, que eram pedaços de galhos desfiados para limpar os dentes.

Por volta de 1600 a.C., os chineses criaram “paus de mascar”, galhos retirados de árvores aromáticas e mastigados para melhorar o hálito.

Os palitos para mastigar ainda são usados ​​hoje em várias partes da África e do Oriente Médio. Esses povos usam bastões de miswak, retirados da árvore Salvadora persica, conhecida como “arak” em árabe. A variedade também é encontrada no Sudão, Egito e Chade. O miswak é conhecido por conter propriedades antibacterianas que limpam os dentes e podem até inibir a formação de placa bacteriana.

Vendedor de miswak na Arábia Saudita.

Varetas de miswak e embalagem para venda a varejo.

Os nativos americanos, por outro lado, usavam ervas como sálvia e estragão, e algumas tribos eram bastante avançadas e capazes de derivar da fauna local uma pasta que lembra a pasta de dente moderna.

A China inventa a escova de dentes de cerdas

Durante a Dinastia Tang, no século XV, os chineses inventaram a primeira escova de cerdas naturais. As cerdas eram feitas de pelos retirados do pescoço de um porco ou javali e presos a cabos de osso ou de bambu.

Durante os séculos seguintes, as escovas de dentes com cerdas de javali serviram como padrão da indústria na China e na Europa.

A escova de dente chega na Europa

Quando a escova chinesa chegou à Europa, as cerdas de javali foram substituídas por crinas de cavalo, muito mais macias. A evidência mais antiga é a autobiografia de Anthony Wood, um antiquário, em 1690, que menciona a compra de uma escova de dentes.  A palavra “escova de dentes” começou, então, a se espalhar à medida que os dentistas franceses começaram a promover seu uso como forma de manter a boca limpa.

Em 1780, William Addis, um presidiário inglês, inventou o que hoje conhecemos como a escova de dentes moderna. Ele teve a ideia ao observar outros prisioneiros esfregando o chão com um escovão. Ele criou sua escova de dentes prendendo cerdas de porco em um pedaço de osso com furos e selando-os com cola. Sua invenção foi patenteada tornando-se a primeira escova de dente produzida em massa.

A escova de dente Addis ainda é vendida no Reino Unido.

Durante a década de 1800, as escovas de dente produzidas em massa tornaram-se comuns e, além da Grã-Bretanha, estavam disponíveis na França, Alemanha e Japão. As cerdas de porco eram comuns em escovas de dente para as pessoas comuns, e as escovas de dente de alta qualidade geralmente eram feitas de pêlos de texugo.

Na década de 1880, populariza-se o uso de escova de dente. Propaganda de pasta dental de glicerina da Gellé Fréres Perfumers, Paris, 1889.

As inovações finais

Em 1884, Meyer Rhein, um dentista de Nova York, inventou a escova de dente com cerdas de três fileiras.

Em 1938, o cientista Wallace H. Carothers criou para a Du Pont o náilon e este passou a ser utilizado em uma grande variedade de produtos, incluindo as cerdas da escova. As cerdas de náilon substituíram rapidamente as de pêlos de animais por serem mais higiênicas e econômicas. Na década seguinte, a escova de dentes começou a ganhar popularidade entre as massas.

Escova de dentes de prata, caixa de pó para limpar os dentes, raspador de língua e um pote de porcelana escrito ‘Dentífrico da Rainha’, século XVIII. Museu de Londres.

Fonte

Compartilhe =]

Compartilhar no Facebook Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Pocket Compartilhar no Twitter Compartilhar no LinkedIn