O bambolê é um brinquedo de malabarismo: consiste em um aro que deve ser girado na cintura, pescoço, braços ou pernas.
A origem do bambolê é desconhecida, mas a ideia de brincar ou se exercitar com aros feitos de salgueiro, ratan ou videira é muito antiga. Sabe-se que no Egito, por volta de 1000 a.C., crianças brincavam com argolas feitas de videiras secas enrolando-as com gravetos ou girando-as na cintura. Os antigos gregos usavam arcos para se exercitar.
Atleta exercitando com um aro, pintura em vaso, Atenas, 500-490 a.C., Museu do Louvre, França.
Os aros eram populares na Grã-Bretanha no século XIV como uma forma de recreação. Os registros médicos da época mencionam casos de costelas deslocadas e ataques cardíacos que foram atribuídos ao uso de arcos. A comédia As Alegres Comadres de Windsor, de William Shakespeare (1602), menciona que a personagem Anne Page estava no jardim girando um aro.
Entre os índios nativos americanos, a dança do aro é uma forma de contar histórias que remonta ao século XV. Nesta dança, chamada Hoop, os dançarinos usam uma dúzia ou mais de aros cujos movimentos ao redor do corpo criam formas visuais de animais, flores, lua, sol e estações do ano.
Indígena dos Estados Unidos participante do Concurso de Dança Hoop, Campeonato Mundial de 2005.
A popularidade do aro como brinquedo, contudo, só veio em 1958 quando uma fábrica de brinquedos dos Estados Unidos lançou o primeiro modelo de aro plástico: o hula hoop. Foram vendidos 25 milhões de aros em seis meses ao preço de 1,98 dólar a unidade. É interessante notar que o fabricante do hula hoop não conseguiu patentear o brinquedo porque ele estava em uso há milhares de anos. O simples uso de um novo material não atendia ao requisito de originalidade para garantir uma patente.
Ainda em 1958, a Estrela, fábrica brasileira de brinquedos, lançou o hula hoop no Brasil com o nome de bambolê, derivado do verbo “bambolear” (gingar). O sucesso se repetiu e o bambolê virou mania na década de 1960.
O bambolê entrou nas academias como um tipo exercício físico. Girar o arco na cintura exercita a flexibilidade, aumenta a energia e ajuda a emagrecer.
Uma artista executa um numero com 60 aros giratórios, Washington, Estados Unidos, 2008.
