História dos brinquedos: pipa

História dos brinquedos: pipa

A pipa, papagaio de papel, quadrado ou arraia é um brinquedo feito de papel sobre uma estrutura de varetas que usa a força do vento para voar enquanto é mantida presa por um fio segurado pelo operador. Conforme o modelo pode ter uma rabiola ou rabo.

A pipa nasceu na China antiga por volta de 1200 a.C., feitas de seda e bambu. O primeiro relato escrito sobre pipas empinadas é de cerca de 200 a.C. Os arquivos mencionam pipas gigantescas, capazes de transportar um homem no ar, destinadas a observar a posição do inimigo. Os movimentos e as cores das pipas eram mensagens transmitidas à distância entre destacamentos militares. O imperador chinês Wu que reinou entre 141 e 87 a.C., usou pipas para pedir ajuda quando estava cercado pelas tropas inimigas em Nanjing.

À esquerda, cavaleiro empinando pipa em campo de combate, iluminura do manuscrito alemão “Bellifortis” de Konrad Kyeser, c. 1405. À direita, mulher japonesa empinando pipa, xilogravura de Suzuki Harunobu, 1766, Museu Metropolitano de Arte.

Empinar pipas tornou-se um passatempo de crianças e adultos. Logo espalhou-se pela Ásia e chegou à Europa levado por mercadores árabes. Na Europa do século XII, as crianças já brincavam com pipas às quais acrescentavam cordas para as fazer voar. Mas as pipas também foram usadas com função militar como se vê no manuscrito técnico de guerra alemão chamado Bellifortis escrito em 1402 por Konrad Kyeser. Nele há uma ilustração de um cavaleiro levando uma pipa em forma de dragão talvez com a função de amedrontar o inimigo.

Ao longo dos anos, as pipas foram usadas na ciência, meteorologia, construção civil e fotografia. O político e inventor americano Benjamin Franklin usou uma pipa presa com um fio metálico para provar que os raios são descargas elétricas. Essa experiência serviu-lhe para inventar o para-raios em 1752.

Meninos empinando pipa, gravura alemã de 1828.

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