O termo índio deriva do nome do rio Indo, do afegão hindu e do sânscrito, sindhu, o rio mais longo e mais importante do Paquistão e um dos mais destacados rios do subcontinente indiano. O nome Índia é proveniente do nome do rio.
No século XV, quando Colombo chegou às ilhas do Caribe, acreditando ter alcançado as Índias chamou os habitantes da região de “índios”. Os europeus logo perceberam o erro, mas o termo continuou a ser utilizado para chamar de “índios”, todos os nativos da América indiscriminadamente.
O termo índio é genérico e passa a falsa ideia de que os índios são todos iguais quando, na realidade, há uma grande diversidade cultural, linguística e étnica entre eles. Como afirma Daniel Munduruku, “índio é um apelido, e os apelidos não dizem o que a gente é, mas o que as pessoas acham que a gente é”.
Os estudiosos preferem chamar de “indígenas” os povos originários, isto é, os primeiros habitantes de um território. O termo indígena começou a ser usado na década de 1970 quando se intensificaram os estudos sobre essas populações. A Constituição do Brasil, por exemplo, refere-se aos direitos dos povos indígenas e não dos índios. A Lei 11.465/08 torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
O conceito indígena não está relacionado de forma alguma com o termo índio. Indígena deriva das palavras latinas indu, “dentro” e gênero, “nascido” que pode ser traduzido por “nativo” ou “nascido no local”. Indígena refere-se, portanto, aos grupos originários que viviam na terra antes da chegada dos conquistadores e colonizadores europeus. O termo é usado para se referir às populações nativas de todos os continentes.
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