Voto de cabresto designa o voto manipulado ou imposto ao eleitor forçando-o a votar no candidato indicado pelo chefe político local (o “coronel”).
Cabresto é a correia colocada na cabeça do cavalo e que serve para dirigi-lo. Dessa forma, voto de cabresto é o voto “amordaçado” em que o eleitor é conduzido como um animal de carga.
O voto de cabresto caracterizou as eleições da Primeira República (1889-1930) embora não tenha se restringido a esse período. Os eleitores recebiam a cédula já preenchida com o nome do candidato e eram, muitas vezes, forçados a votar em duas ou mais seções.
Além disso, davam-se títulos a menores de 21 anos e a analfabetos (impedidos de votar por lei). As eleições ainda podiam ser fraudadas com a alteração dos resultados nas atas eleitorais. Dizia-se, então, que eram “eleições a bico de pena” (alusão à caneta de pena usada) pois os votos e a contagem eram rasurados ou alterados manualmente.

“As próximas eleições… de cabresto”, título da charge de Storni, publicada na revista Careta, em 1927.
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