Anacronismo (do grego aná, “contra” e kronos, “tempo”, contra o tempo ou fora do tempo) consiste em aplicar ideias, conceitos ou valores do presente no passado. Ocorre quando se usam elementos (objetos, costumes, sentimentos, palavras, vestuários, pensamentos etc.) de uma época em uma+ outra época. Exemplo: considerar sociedades antigas como nações modernas, julgar práticas religiosas ou costumes do passado com base em padrões contemporâneos.
O anacronismo pode ser intencional ou involuntário quando acontece por desconhecimento da época representada. Um exemplo é a célebre pintura A Última Ceia, de Leonardo da Vinci que mostra Jesus e seus apóstolos sentados à mesa, quando na época de Jesus as refeições eram feitas no chão, sobre tapetes.
Um exemplo recente de anacronismo ocorreu durante a presidência de Jair Bolsonaro (2019-2022) quando se invocou o “poder moderador” das Forças Armadas, um poder que existiu no Império Brasileiro, estabelecido pela Constituição de 1824 e que não existe na Constituição de 1988. Outro anacronismo recente foi comparar a anistia de 1979 durante a ditadura militar com o projeto de anistia aos envolvidos nas manifestações em Brasil em 8 de janeiro de 2023. São anistias que envolvem situações diferentes e em contextos históricos diferentes.

A pintura “Moça com brinco de pérola”, de Johannes Vermeer, de 1665, foi adulterada com um anacronismo intencional inserindo uma câmera fotográfica na pintura para criar uma impossível cena de selfie no século XVII.
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