Aksum ou Axum, Império ou Reino Aksumita ou Axumita

O Império ou Reino de Aksum ou Axum, centrado no norte da atual Etiópia e Eritreia, floresceu por quase mil anos, entre 100 a.C. e 940 d.C. Em seu apogeu, foi o centro do comércio entre o vale do Nilo e os portos do mar Vermelho, sendo um importante ponto na rota comercial entre o Império Romano e a Índia.

Os governantes axumitas cunharam suas próprias moedas e estabeleceram sua hegemonia sobre o declinante Reino de Kush e sua outrora poderosa Meroe. O profeta persa Manichaei Mani (falecido em 274 d.C.), fundador do maniqueísmo, considerava Axum uma das quatro grandes potências de seu tempo, sendo as outras Pérsia, Roma e China.

O reino axumita passou a se autodenominar Etiópia a partir do século IV. Abrangia a atual Eritreia, Djibuti e Sudão e, no seu auge, estendeu-se por grande parte do sul da Arábia.

À medida que o Reino de Axum se tornou uma grande potência na rota comercial entre Roma e a Índia e ganhou o monopólio do comércio do Oceano Índico, entrou na esfera cultural greco-romana. O grego era a língua de administração de Axum e era amplamente conhecido no século III d.C. Foi usado em inscrições, moedas e no comércio. A escrita Ge’ez ou guêes entrou em uso a partir do século IV.

Devido aos seus laços com o mundo greco-romano, o Reino de Axum adotou o cristianismo como religião oficial em meados do século IV, sob Ezana de Axum. Após a sua cristianização, os axumitas cessaram a construção de estelas.

Segundo a tradição religiosa, Axum é o suposto local onde está guardada a Arca da Aliança com as tábuas dos Dez Mandamentos em ge’ez (hoje a língua litúrgica da Igreja Etíope), e também o suposto lar da rainha de Sabá, mencionada na Bíblia (outras versões, apontam o atual Iêmen como o local de origem da rainha).

A antiga capital do reino, também chamada de Axum, é agora uma cidade no norte da Etiópia.