Nome de uma dança brasileira de par enlaçado, nascida no Rio de Janeiro por volta de 1870, por derivação do lundu dançado pelos escravos. Dançado em ritmo rápido, foi a dança mais importante nos salões brasileiros até o surgimento do samba. O maxixe apresentou-se inicialmente nos bailes de carnaval e no teatro de variedades onde ganhou popularidade como estilo de dança livre e exótica.
Levou tempo, porém, para o maxixe ser dançado nos salões senhoriais devido às suas origens negras e mestiças e os movimentos sensuais que permitiam ao homem “empernar” a mulher, como se dizia então. Era chamado de “dança do povo”. Daí compositores como Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga registrarem seus maxixes como “tango brasileiro” para não sofrerem discriminação da elite brasileira.
Foi somente no início do século XX que o maxixe foi aceito pelas famílias brasileiras mais abastadas. Por essa época, a dança era apresentada em teatros da França e Portugal fazendo enorme sucesso a ponto do papa Pio X pedir uma exibição, que ocorreu em Roma, em 1913. Seguiram-se outras apresentações internacionais na Europa e na América do Sul (Argentina, Chile e Uruguai) que só perderam interesse com a chegada do charleston e do fox-trot americanos por volta de 1920.
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