Jihad, palavra árabe que significa “esforço”, “empenho” ou “luta”, é um princípio importante da religião islâmica e que é imposto a todos os muçulmanos. É empregado em dois sentidos: de “guerra santa” ou “justa” contra os infiéis e inimigos da religião islâmica, e o de “luta interior” contra os maus instintos e o esforço de buscar, mediante a vontade pessoal, a fé perfeita.
No Alcorão e na Suna, o termo jihad descreve principalmente o combate militar. Não está claro no Alcorão se esta é uma luta universal contra pessoas de outras religiões ou se esta luta visa apenas objetivos defensivos. A leitura exige interpretação e a explicação dada pelo intérprete é de importância decisiva e está moldada pelo contexto político e social.
O jihad é o dever religioso de todo muçulmano do ponto de vista individual e coletivo. Se, em uma comunidade, ninguém participar do jihad, toda a comunidade islâmica peca. É equivalente ao serviço militar obrigatório no mundo ocidental, porém com conotação religiosa, pois a luta é pela “terra do Islã”. Estão excluídos do jihad mulheres, crianças, escravos, deficientes físicos ou mentais, bem como aqueles que não podem participar por motivos materiais.
A lei internacional islâmica prevê que a guerra contra não muçulmanos deve ser precedida por um convite para o inimigo aceitar o Islã. No caso de judeus e cristãos (diferenciados de outros povos por seguirem um livro sagrado, o Torá e a Bíblia) era aceito que mantivessem sua religião em troca do pagamento da jizia, o imposto per capita cobrado dos não muçulmanos.
O jihad justificou a rápida expansão do Islã por três continentes (África, Europa e Ásia) nos séculos XVII e VIII tornando-se o islamismo a religião dominante nas regiões conquistadas.
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