Kush ou Cuxe era o nome que os egípcios davam à Núbia, região desértica atravessada pelo rio Nilo, ao norte do atual Sudão. O termo Kush foi usado durante toda a Antiguidade, até o século IV d.C. Ao longo dos séculos, Egito e Kush se envolveram em guerras, comércio e intercâmbio cultural intermitentes.
Cerca de 1450 a.C., o faraó Tutmés I conquistou Kush que foi absorvido pelo Novo Império Egípcio. Kush passou a ser governado por um vice-rei kushita.
Com a desintegração do Novo Império Egípcio por volta de 1070 a.C., Kush tornou-se um reino independente centrado na cidade de Napata, no norte do atual Sudão. A influência egípcia nos costumes kushitas manteve-se nos rituais funerários, na construção de pirâmides, na adoração dos deuses egípcios, especialmente Amon e Ísis.
Em 750 a.C., a relação com o Egito se inverteu: o rei cuxita Piye tornou-se faraó, aclamado “Senhor das Duas Terras” . Por um século o Egito foi governado pelos chamados “faraós negros” (25ª dinastia, 750-660 a.C.).
Em 591 a.C., foram derrotados pelo Novo Império Assírio, sob Assurbanipal, e expulsos do Egito. Quando o Egito restaurou seu governo, o reino de Kush voltou-se para seus domínios de origem e transferiu a capital para Méroe.
A civilização kushita existiu por mais novecentos anos. No século IV d.C. caiu sob domínio do reino de Axum que destruiu a capital Méroe.
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