O QUE É... Liberalismo

Termo derivado do latim liber, “livre”, que é, também, a raiz de palavras como liberal, liberdade, libertário e libertino. O liberalismo surgiu no século XVIII a partir do Iluminismo e teve seu auge no século XIX como uma doutrina que defende a liberdade individual no campo político e econômico.

O liberalismo político teve no filósofo inglês John Locke (1632- 1704) seu grande teórico e fundador dos princípios liberais. Segundo ele, todos os indivíduos são, por natureza, iguais e podem agir livremente desde que não prejudiquem ninguém. Todos têm “direitos naturais”: direito à vida, à liberdade e à propriedade. O Estado tem poderes limitados por lei. Ele é o guardião dos direitos individuais possibilitando que os indivíduos exerçam sua liberdade em uma sociedade governada por leis. Locke defendia, também, a liberdade religiosa e a liberdade de imprensa.

No século XIX, foram chamados de liberais aqueles que defendiam as liberdades e os direitos individuais, a divisão de poderes, a limitação do poder do Estado, a igualdade perante a lei, a liberdade religiosa, a liberdade de pensamento e expressão, os governos representativos e constitucionais.

O liberalismo econômico teve no escocês Adam Smith (1723-1790) sua principal figura, considerado o fundador da ciência econômica. Em sua obra A Riqueza das Nações, ele defende a não intervenção do Estado na economia. O Estado não deve intervir nos preços, nos salários, na produção e nas trocas comerciais, nem mesmo para corrigir falhas ou disparidades sociais causadas pela economia. A ele cabe apenas garantir as condições adequadas, como o direito à propriedade.

A economia deve se desenvolver livremente, de forma natural. Segundo Smith, quem regula preços e produção é o próprio mercado, regido pela “lei de oferta e procura”. Por essa lógica, a falta de um produto associada a uma grande procura pelo mesmo faz os preços aumentarem automaticamente. A diminuição da procura, faz os preços abaixarem. Portanto, a regulação dos preços acontece de forma automática, como se houvesse uma “mão invisível” regulando o mercado.

Além de Adam Smith, outros representantes do liberalismo econômico foram: Malthus (1766-1834), David Ricardo (1772-1823) e John Stuart Mill (1806-1873). Este último adotou a expressão laissez faire em sua obra Princípios da Economia Política (1848) defendendo-a como uma prática que deveria ser geral.

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