Pré-cabralino é o nome dado ao período da história do Brasil que antecede a chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500. O termo substitui, no Brasil, a expressão “pré-história” que denota uma visão eurocêntrica. Pelo mesmo motivo, os historiadores não utilizam a divisão em “Paleolítico” e “Neolítico” para o Brasil.
Os especialistas dividem o período pré-cabralino seguindo as épocas geológicas: o pleistoceno e o holoceno.
Durante o Pleistoceno (60.000-12.000 A.P*) viviam por aqui animais da megafauna (tatus gigantes, preguiças gigantes e tigres dente-de-sabre) e a região do atual semiárido nordestino era coberta por uma densa floresta de grandes árvores, cipós e samambaias com rios, lagos e cachoeiras.
Foi no final do Pleistoceno que chegaram os primeiros povoadores do território do atual Brasil. O fóssil mais antigo desse período é o de Luzia, com cerca de 12.500-13.000 anos.
Mas as maiores evidências da presença humana no Brasil estão no período seguinte, o Holoceno
Durante o Holoceno (12.000-4.000 A.P*), o território da atual Amazônia foi ocupado por grupos humanos numerosos. Essas populações começaram um processo de manejo ambiental que resultou no aparecimento das primeiras terras pretas antropogênicas. Os arqueólogos encontraram muitas lascas de quartzo produzidas por esses povos para processar pesca e bens de consumo botânicos.
São do período Holoceno as numerosas pinturas rupestres encontradas em todo território brasileiro e os sambaquis na faixa litorânea.
*A.P = antes do presente.
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