Pré-história corresponde ao período anterior à escrita, isto é, do surgimento do Homo habilis, a primeira espécie de hominídeo a fabricar ferramentas líticas (de pedra) há 2,2 milhões de anos estendendo-se até o surgimento da escrita há 3500-3300 a.C. Esse período é estudado pela antropologia, arqueologia, paleontologia e geologia.
O conceito de “pré-história”, criado no século XIX, é hoje contestado pelos especialistas. Primeiro porque a escrita não surgiu em todos os lugares ao mesmo tempo e também não foi tão determinante quanto se supunha. A civilização inca, por exemplo, não desenvolveu a escrita e isso não a classifica como pré-histórica. Segundo, porque o termo pré-história passa a falsa ideia de que as sociedades ágrafas (sem escrita) estão fora da história. O termo, contudo, apesar de contestado continua sendo utilizado.
O termo “pré-história do Brasil” também foi abolido. Hoje, denomina-se esse período histórico de pré-cabralino (anterior à chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500).
A periodização da história pré-cabralina do Brasil não segue a tradicional divisão em paleolítico e neolítico. Os especialistas preferem utilizar as épocas geológicas: o pleistoceno e o holoceno. Neste sentido, a periodização do pré-cabralino se divide em:
Pleistoceno (60.000-12.000 A.P*): desde a chegada dos primeiros povoadores do território do atual Brasil. O fóssil mais antigo desse período é o de Luzia, com cerca de 12.500-13.000 anos.
Holoceno no Brasil (12.000-4.000 A.P*): subdividido em
- Arcaico antigo (12.000-9.000 anos)
- Arcaico médio (9.000-4.500 anos)
- Arcaico recente (4.000 anos até à chegada dos europeus).
*A.P = antes do presente.
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