O feudo consistia em um bem concedido a outra pessoa em troca de lealdade e serviço prestado. Em geral, o feudo era uma extensão de terra, mas podia ser direitos de exploração (de pescar, caçar, cobrar impostos) que significasse uma fonte de renda. Aquele que concedia o feudo era chamado de suserano e quem o recebia era o vassalo – e ambos eram senhores feudais, isto é, senhores de feudo.
O termo feudo só começou a aparecer nos registros medievais a partir do século X. Antes disso, usava-se o termo beneficium para chamar a concessão de bens como recompensa por serviço prestado. Depois, o termo feudum ou feodum começou a substituir beneficium nos documentos. A origem do termo feudum e por que ele substituiu o beneficium não está bem esclarecido.
Alguns estudiosos afirmam que feudo tem duas origens: do latim, feudum, termo relacionado a empréstimo no sentido de “propriedade emprestada”, e do latim fides, “lealdade”. Feudo era entendido como um bem que o proprietário concedia a outra pessoa em troca de fidelidade e ajuda militar.
O historiador francês Marc Bloch tem outra explicação que é amplamente aceita. Segundo ele, a palavra feudo está relacionada ao termo franco (germânico) fehu-ôd, em que fehu significa “gado” e ôd significa “bens”, portanto é “um bem móvel de valor”.
Seja como for, na sociedade feudal europeia, o feudo era a fonte de renda do vassalo que o recebia em troca de deveres para com seu senhor (suserano). O feudo era concedido como posse e não propriedade, o que mantinha os laços de dependência entre vassalo e suserano
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