O Index Librorum Prohibitorum, expressão em latim que significa Índice dos Livros Proibidos, era uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica por serem consideradas heréticas, anticlericais ou pecaminosas.
Apesar do Index estar associado ao Concílio de Trento (1545-1563), ele é anterior ao concílio. Em 1544, a Faculdade de Teologia de Paris publicou uma lista de 230 livros banidos ou censurados, entre os quais estavam Pantagruel e Gargantua, obras do humanista Rabelais. O Concílio de Trento adotou a prática e, em 1559 publicou a primeira lista do Index. A lista foi, desde então, atualizada regularmente até 1956.
Ao longo desse tempo, obras de cientistas, filósofos, humanistas, enciclopedistas e intelectuais entraram no Index, entre eles Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdã, Espinosa, John Locke, Diderot, Pascal, Thomas Hobbes, Descartes. Rousseau, Montesquieu, Voltaire, David Hume e Kant.
Alguns romancistas famosos também foram banidos como Alexandre Dumas (pai e filho), Daniel Defoe, Vicotr Hugo, Emile Zola, Stendhal, Flaubert, Anatole France e Balzac.
Os últimos livros censurados foram os de Sartre (todas as obras), André Gide (todas as obras, mesmo tendo recebido o Nobel de Literatura em 1947), Alberto Moravia (todas as obras), Nikos Kazantzakis (A última tentação de Cristo, 1955) e Simone de Beauvoir (O Segundo Sexo, 1949 e Os Mandarins, 1954).
Devemos ao Index a expressão lista negra, sinônimo de proibição ou censura. O Index foi abolido pela Igreja católica em 1966 pelo papa Paulo VI.
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