O QUE É... Nacionalismo (ver Nação)

Nacionalismo é o sentimento ou consciência de uma identidade nacional. Nasceu no final do século XVIII e início do XIX para legitimar a existência do Estado-nação sobretudo em defesa do território e a preservação da nação, isto é, da língua, tradições culturais, costumes e religião comum.

O nacionalismo consolidou-se no século XIX a partir das transformações geradas pela Revolução Francesa e pelas guerras napoleônicas nas relações internacionais. Ganhou força com as revoluções liberais como foi o caso da Grécia cuja independência em 1830 estimulou outros povos, como os sérvios, búlgaros e romenos a se libertarem do domínio otomano e se estabelecerem como Estados livres. O ideal nacionalista também inspirou levantes de croatas, irlandeses, checos, macedônios entre outros povos.

As ideias nacionalistas foram a bandeira para a unificação da Itália (por volta de 1860) e da Alemanha (1870). A unificação eliminou barreiras alfandegárias, unificou moedas, padronizou leis, facilitou o fluxo de matérias-primas e bens manufaturados através das fronteiras – medidas que impulsionaram a industrialização de ambos Estados nacionais.

No final do século XIX, o nacionalismo adquiriu um caráter de glorificação da nação, de suas raízes históricas e de imposição de uma identidade comum e permanente às minorias, forçadas a abdicar de suas próprias nacionalidades. Enalteceu um sentimento de superioridade coletiva. Defendeu a necessidade de proteger a nação contra todos os perigos exteriores que ameaçassem a unidade e coesão da nação. Teve um caráter agressivo e hostil que via os demais países como potencialmente adversários. Teve aspirações expansionistas e militarista e estimulou duas forças poderosas: a xenofobia e o espírito de revanchismo.

Esse contexto de nacionalismo exacerbado conduziu a Europa à Primeira Guerra Mundial e, depois dela, alimentou as ideologias totalitárias como o fascismo e o nazismo que levaram à Segunda Guerra Mundial.

O nacionalismo foi, por diversas vezes, um instrumento de regimes muito diferentes entre si. Foi usado por Hitler e Mussolini para impulsionar o nazi-fascismo e unir a população de seus países em um projeto político comum, mas também foi usado por Getúlio Vargas, no Brasil e Perón, na Argentina com o mesmo propósito.

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