Stalinismo (ver Totalitarismo)

Stalinismo é o período da história da União Soviética, entre 1925 e 1953, em que o poder comunista consolidou-se através da ditadura de Josef Stalin (1879-1953), secretário-geral do Partido Comunista. Essa fase caracterizou-se pela luta sem tréguas contra os inimigos do socialismo (reais ou supostos) e repressão de toda forma de discordância. Isso levou à forte censura da produção cultural e dos meios de comunicação e informação, ao uso de campos de concentração contra opositores e à eliminação de muitos líderes, entre os quais Trotski (1940), no exílio havia mais de dez anos.

Todas as decisões e poderes foram centralizados nas mãos do próprio Stalin. Nasceu assim uma exagerada exaltação do líder do partido e a absoluta subordinação à sua vontade em todos os campos (arte, ciência, educação etc.). O governo desenvolveu uma maciça propaganda destinada a glorificar Stalin como “Guia Genial dos Povos” e difundir a imagem da União Soviética como a “Pátria do Socialismo”. O culto à personalidade e o emprego do terror caracterizaram o stalinismo.

O stalinismo foi uma resposta às circunstâncias da época. A União Soviética foi o primeiro sistema comunista num mundo totalmente capitalista. Desde o final da Primeira Guerra (1914-1918) estava sob isolamento diplomático instituído pelos países ocidentais para evitar a propagação do socialismo revolucionário para o resto da Europa. O país estava semidestruído pela guerra, socialmente desorganizado, pouco industrializado e com profundos desequilíbrios regionais.

Para recuperar o país, Stalin pôs em execução os Planos Quinquenais que fixaram metas e os meios para desenvolver a economia em um prazo de cinco anos. “A União Soviética surgiu na década de 1950 como um país industrializado, que tinha sabido dar uma solução sobretudo aos problemas sociais, com instrução para todos, assistência médica e aposentadoria, embora em meio de inevitáveis desequilíbrios”.

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