Expressão que designa produtos vegetais nativos da Amazônia, extraídos pelos europeus, principalmente portugueses durante o período colonial. O termo “droga” significava, então, todo gênero de especiaria aromática, para tempero, tinturaria, alimento ou uso medicinal.
A coleta das drogas de sertão foi a base econômica para a posse da Amazônia e o incentivo para o desbravamento do interior do país em geral. Já em 1616, foi fundado o forte Presépio de Santa Maria de Belém, na foz do rio Amazonas, para impedir o acesso de estrangeiros e demarcar a posse e a defesa da bacia amazônica.
Em 1621, foi criado o Estado do Maranhão e Grão-Pará, independente do Estado do Brasil. O interesse econômico do novo estado relacionava-se à perda do comércio de especiarias da Ásia. Belém do Pará torna-se assim, a base do comércio das drogas do sertão, tanto da sua coleta como da produção de outras, como o cravo, a canela e a pimenta da Índia.
A exploração das drogas do sertão teve como mão de obra principal o indígena, que servia de guia, identificador e coletor do produto. Barcos percorriam os rios e igarapés amazônicos buscando canela, cravo, cacau, urucum, salsalparilha, pimenta, castanha e outras espécies de uso alimentar e medicinal.
A mais importante das drogas do sertão era o cacau que servia, inclusive, como moeda. Explorou-se, também, tartarugas e seus ovos (de onde se extraía óleo para alimentação e iluminação) e o manacuru (peixe-boi).
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