O feudalismo é um conceito construído pelos historiadores para denominar o sistema político, econômico e social da Europa medieval. O termo, derivado da palavra feudo, foi elaborado no século XVIII e, portanto, muito tempo depois da Idade Média.
O que define o feudalismo é o conjunto de relações sociais característico da Idade Média: a relação de subordinação e dependência pessoal entre senhor e servo, e entre suserano e vassalo. O senhor explora a terra por meio do domínio sobre o camponês (servo da gleba) a quem ele protege em troca de trabalho e obrigações feudais. Entre os senhores feudais, firmam-se laços pessoais de fidelidade e dependência: o suserano concede o feudo ao vassalo, e este jura-lhe fidelidade e obediência, enquanto o suserano lhe deve proteção e justiça.
O feudalismo teve um longo período de formação iniciado com a queda e a fragmentação do Império Romano do Ocidente no século V. Seguiram-se sucessivas invasões na Europa promovidas pelos germânicos (os bárbaros), búlgaros, húngaros, normandos (os vikings) e ao final, os árabes no século VIII. O clima de insegurança, a ruralização da vida, a mistura de costumes dessas diversas culturas e a fragmentação política foram elementos que configuraram o feudalismo.
O feudalismo estava consolidado entre os séculos X e XII, período de seu apogeu. Conhece-se bem o feudalismo francês (o modelo mais descrito nos livros didáticos), mas é importante lembrar que não existiu um único modelo de feudalismo. Houve diferenças regionais e mudanças temporais que criaram feudalismos diferentes. A Inglaterra, a Alemanha, a Itália e a península Ibérica, por exemplo, apresentaram estruturas feudais próprias.
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