Movimento operário designa a organização coletiva de trabalhadores assalariados em defesa de seus próprios interesses e pela aprovação de leis específicas para reger as relações de trabalho. Essa organização pode ser temporária ou permanente, com fins profissionais ou políticos, mas sempre voltada à condição operária, isto é, dos trabalhadores que vendem sua força de trabalho ao capitalista que possui os meios de produção e também é o dono dos bens produzidos.
Movimento operário refere-se, também, ao conjunto dos fatos políticos e organizacionais relacionados ao mundo do trabalho e à vida política, social e econômica dos trabalhadores.
As origens do movimento operário remontam à Revolução Industrial, ao final do século XVIII estendendo-se, no século XIX, aos países industrializados. Os operários se organizaram em associações (as trade unions), fizeram greves e manifestações reivindicando o direito ao voto (sufrágio universal), por melhores condições de trabalho, pela jornada de trabalho de 8 horas etc.
No Brasil, o movimento operário foi influenciado pelas ideias do anarquismo, socialismo e anarcossindicalismo trazidas pelos imigrantes italianos e espanhóis. Os operários se manifestaram por melhores condições de trabalho por meio de jornais, greves, associações e partidos políticos. Foi no Rio de Janeiro, então capital do país, que o movimento operário primeiro se organizou por meio do Partido Operário (1890), da Confederação Operária Brasileira (1906) e do Primeiro Congresso Operário (1906).
Em 1917, ocorreu a primeira greve geral que envolveu cerca de 100 mil trabalhadores e paralisou o serviço de bondes, iluminação pública, ferrovias e outros setores. O movimento iniciou-se em São Paulo e difundiu-se a outros estados. Outras greves parciais e gerais ocorreram nos anos seguintes.
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