Chamou-se Política dos Governadores o arranjo político (não oficial) entre o governo federal e as oligarquias estaduais que estabelecia apoio mútuo e favorecimento político entre o presidente da república e os estados representados pelos respectivos governadores, e municípios, representados pelos coronéis. Era preservada a autonomia e independência dos estados e dos municípios, e estes davam todo apoio ao governo federal comprometendo-se a eliminar ou neutralizar a oposição.
A política dos governadores foi implantada por Campos Sales (1898-1902) e vigorou até 1930. Por meio dela, acabaram-se as disputas partidárias e o país teve uma estabilidade política obtida pela manipulação dos resultados das eleições. A Comissão de Verificação de Poderes, chefiada por alguém de confiança do presidente da República, verificava a legitimidade dos deputados eleitos em cada estado e excluía os que eram da oposição, reconhecendo somente os candidatos do governador. Chamava-se a isso de degola das oposições, que daí em diante não tinha chances de ganhar uma eleição.
A política dos governadores garantiu às oligarquias o controle político eliminando ou neutralizando a oposição aos governos estaduais e ao federal. Contava também com os “coronéis” e seus “currais eleitorais” que controlavam as eleições no município, garantindo os votos aos candidatos favoráveis ao governo.
Campos Sales conseguiu também estabelecer um equilíbrio nas disputas pelo poder federal, como o rodízio de mineiros e paulistas na presidência e na vice-presidência da República – a chamada política do café com leite (veja esse verbete).
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