Vala escavada no chão que distribui as águas coletadas de um rio ou lago conduzindo-as aos campos de cultivo. Os egípcios, um dos primeiros povos a desenvolveram métodos de irrigação por meio de canais escavados, usaram a água do rio Nilo pela primeira vez há cerca de 7.000 anos. Os povos da Mesopotâmia fizeram o mesmo com as águas dos rios Tigre e Eufrates. Os chineses usavam o Huang Ho ou rio Amarelo. Na América, o povo de Tiahuanaco, na Bolívia, e os incas, do Peru, criaram uma civilização agrícola desenvolvida baseada na irrigação que lhes garantia uma farta colheita de batata, feijão, milho e outras plantas.
Ainda na Antiguidade, os egípcios inventaram um dispositivo para bombear água do rio Nilo e de outras fontes para os canais. Era o shaduf, que funcionava com movimento pendular. Consistia de uma longa haste madeira, presa no meio a um ponto de apoio. Em uma das extremidades tinha um peso e na outra, um recipiente. O shaduf podia bombear cerca de 100 m³ (100 mil litros) a cada 12 horas, o que era suficiente para irrigar cerca de um terço de um acre. Permitia levar água de locais mais baixos para locais mais altos, alimentando assim todo o sistema de canais e reservatórios de água.
No século IV a.C., os egípcios inventaram a nora, um moinho de água com jarros de cerâmica presos em torno da roda do moinho. À medida que o moinho girava na água, os frascos levantavam quatro a seis metros cúbicos de água. Em um período de 12 horas, o moinho erguia 285 m³ (285 mil litros), o que era muito mais eficiente do que o shaduf. Os romanos desenvolveram o moinho de água depois que eles invadiram o Egito que se tornou uma importante fonte de alimento para o Império Romano.
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