O feitor ou capataz era um trabalhador livre e assalariado que gerenciava o engenho e o trabalho dos escravos nas fazendas para obter sua máxima eficiência além de vigiar escravos para evitar fugas.
O cargo de feitor foi criado pela Coroa portuguesa, em 1501 em defesa de seus interesses da metrópole na colônia. Os feitores, nomeados diretamente pelo rei, tinham a função de controlar o comércio nas feitorias fiscalizando o monopólio do pau-brasil e o carregamento dos navios. O cargo desapareceu em 1548 com a criação do cargo de provedor-mor.
O termo voltou a ser usado no período colonial e monárquico para chamar o trabalhador livre e assalariado diretamente ligado ao senhor, proprietário de terras e escravos. Nos engenhos de cana havia o feitor-mor cuja função era administrar o engenho e manter a ordem entre os escravos nas fazendas. Foi na função de vigiar e disciplinar o trabalho escravo e, principalmente, responsável pela aplicação dos castigos nos escravos que o feitor ou capataz passou à história como uma figura desprezível ou mesmo sádica. Há referências de que os escravos se rebelavam menos contra os senhores e mais contra os feitores por serem estes os executores dos suplícios, por vezes, extremamente cruéis.
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