O nome Neolítico (do grego, néos, “novo”, e lithos, “pedra”) ou Pedra Polida foi cunhado em 1865 pelo naturalista Sir John Lubbock para designar o período pré-histórico que se seguiu ao Paleolítico ou Pedra Lascada.
Estudos posteriores demonstraram que as mudanças entre o Paleolítico e Neolítico não se definiram exclusivamente pelo trabalho com a pedra. O polimento já era conhecido no Paleolítico Superior e a pedra lascada continuou a ser utilizada no Neolítico.
O Neolítico foi marcado por profundas mudanças em que os grupos humanos já não exploram unicamente os recursos disponíveis na natureza, mas passam a produzir parte deles por meio da domesticação de plantas e animais. A agricultura e a criação possibilitam que os grupos humanos controlem seu suprimento de alimentos.
O arqueólogo australiano Gordon Childe chamou esse período de “Revolução Neolítica” considerando uma mudança radical e rápida de uma economia predatória (caça, coleta, pesca) para uma economia produtiva (agricultura e pecuária). Essa hipótese é hoje contestada na medida em que a adoção da agricultura não foi um processo tão rápido quanto se suponha e nem foi universal.
A agricultura foi um fenômeno progressivo e com diferenças importantes em cada continente ou região. Os primeiros agricultores continuaram explorando os recursos naturais e alguns grupos mantiveram uma economia de caçadores-coletores até hoje. Há também, muitos exemplos de grupos que, mesmo conhecendo a agricultura e o sedentarismo, permaneceram pastores nômades.
Outras inovações ocorridas no Neolítico foram a cerâmica, a tecelagem e o seminomadismo seguido pelo sedentarismo.
A cronologia do Neolítico é difícil de estabelecer, pois difere conforme as regiões do mundo e os critérios de definição desse período. Há, contudo, um consenso entre os historiadores que o primeiro foco de neolitização ocorreu em no Crescente Fértil há 11.000 anos, ou seja, por volta de 9000 a.C. Nessa região foram cultivados trigo, cevada, ervilhas, favas e lentilhas e criados bois, ovelhas e cabras.
Em outras regiões, os cultivos foram:
- Vale do rio Amarelo, China, 6500 a.C.: arroz e painço.
- México, 7000-5000 a.C.: milho, feijão, abóbora.
- Peru, 7000-3000 a.c.: milho, feijão, batata, abóbora, algodão; criação de lhama e alpaca.
- Nordeste da África: 4000-3000 a.C.: milheto, sorgo, painço.
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