Ifé ou Ile-Ife, foi o principal centro religioso e comercial do povo iorubá entre os séculos XI e XV. Localizado nas florestas ao sudeste da atual Nigéria, estava na rota entre o rio Níger e a cidade costeira de Cotonu (hoje, importante cidade de Benin). Isso tornou a cidade um importante entreposto comercial dos produtos da savana, da floresta e do litoral.
Em Ifé cultivava-se inhame, mandioca, milho, tabaco e algodão. Dali eram levados por barcos ouro, escravos, marfim, dendê, sal, peixe seco, pimenta, inhame, noz-de-cola e contas de pedra e vidro. Em troca, Ifé recebia tecidos, armas, cobre, latão e artigos de luxo.
Ifé era cercada por uma muralha que era, ao mesmo tempo, uma fortificação e um muro de barreira. Por volta do século XII, o soberano de Ifé, chamado oni, era reconhecido como chefe religioso pelas outras cidades iorubas, entre elas a cidade de Oyó.
Ifé tornou-se a cidade sagrada para os iorubás, o local para onde retornavam os restos mortais e as insígnias de todos os reis iorubas.
A metalurgia de Ifé era famosa. Suas cabeças humanas, em tamanho natural, feitas de latão, cobre, bronze e também cerâmica, são até hoje admiradas pela beleza e perfeição dos traços fisionômicos. Não há duas iguais. Ignora-se a sua função. Talvez representassem retratos de reis divinizados ou de deuses humanizados.
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