Os iorubás, povo da África ocidental, constituem um dos três maiores grupos étnicos da atual Nigéria espalhando-se, também, pelos atuais Benin e Togo.
Segundo a tradição, os Iorubás migraram para Ilê-Ifé, vindos do leste, sob a liderança de um chefe guerreiro chamado Odudua. É difícil estabelecer com exatidão a época dessa migração, mas a arqueologia estima que ela tenha ocorrido entre os anos 500 a.C. e 400 d.C. É provável que esse deslocamento tenha ocorrido durante várias gerações. E cada nova cidade-Estado que passava a integrar a federação iorubana recebia como chefe um obá, cujo cargo representa uma forma de monarquia hereditária. Cada obá passava por um ritual iniciático que o torna um descendente espiritual de Odudua. (LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro, 2004).
Entre os anos 960 e 1160, havia diversos estados iorubás na zona florestal do golfo da Guiné entre os quais se destacavam Ifé, Benin e Oyo. Ifé era a cidade-mãe de onde vieram a religião e a arte com a qual se realizava o culto aos antepassados.
A religião iorubana baseava-se na adoração de entidades, os orixás, forças da natureza que guiam a consciência dos homens e suas atividades. Segundo a tradição, existem 401 orixás benévolos e protetores, e 200 malévolos cujos nomes não podem ser pronunciados. Entre os primeiros estão: Iemanjá, Oxum, Ogum, Oxalá, Oxossi, Iansã, Xangô e Exu.
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