Embarcação utilizada no transporte de escravos da África para serem vendidos como escravos no Brasil. Na travessia, era enorme a mortalidade pois, em busca de enormes lucros, os traficantes e transportadores traziam a carga humana em excesso, com alimentação e água insuficientes, em um ambiente quase sem ventilação.
Os espaços em que os grupos de escravos se amontoavam, nos porões dos navios, tinham menos de 1 metro de altura. Deitados lado a lado, nus e acorrentados, ali mesmo recebiam sua parca alimentação e satisfaziam suas necessidades fisiológicas. Algumas vezes eram levados ao convés superior para respirar ar puro e desentorpecer os músculos.
A viagem de um navio negreiro de Angola até Pernambuco demorava em média 35 dias e até o Rio de Janeiro 50 dias. Nesse meio tempo, os negros eram alimentados com feijão, fubá e peixe ou carne muitas vezes estragados. E a água, quente, suja e racionada, pouco servia para matar a sede.
O índice de morte dos africanos nessas viagens era tamanho que o navio negreiro foi chamado, também, de tumbeiro, isto é transportador de cadáveres, uma tumba coletiva flutuante.
![](https://studhistoria.com.br/sth/wp-content/uploads/2021/01/N_maquete-e-diagrama-de-navio-negreiro.jpg)
Maquete do interior de um navio negreiro (à esquerda) e diagrama mostrando como os escravos eram arranjados de maneira a aproveitar todo o espaço do porão (à direita).
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