O termo civilização, derivado do latim civitas, para cidade, e civilis (civil) o seu habitante, surgiu na França iluminista do século XVIII, para designar o progresso material e moral da humanidade em oposição à barbárie, à violência e ao atraso. Tinha, portanto um significado moral: ser civilizado era ser culto, educado, pacífico e urbano, contrapondo-se ao indivíduo inculto, ignorante, violento e selvagem. O conceito iluminista de civilização é etnocêntrico (ou mesmo eurocêntrico), pois considera o civilizado superior ao não civilizado.
Os historiadores e arqueólogos, desde o século XIX, utilizam a palavra civilização no sentido de cultura, de povo, de Nação. Neste sentido, preferem o plural, falando em civilizações, reconhecendo características sociais, políticas, econômicas, tecnológicas e artistas que diferenciam os povos. Fala-se assim em grandes civilizações da Antiguidade (suméria, babilônica, minoica, indiana, chinesa, romana, grega etc.), da América pré-colombiana (incas, astecas, maias etc.) e da África (Egito, Núbia, Axum, Méroe, Mali, Songai etc.).
A maioria dos especialistas considera que os principais elementos definidores de uma civilização são: a formação do Estado, o desenvolvimento da escrita, a vida urbana e a produção de excedente. Contudo, essas referências devem ser vistas com cautela, pois há exemplos de culturas altamente complexas que não desenvolveram todas elas como os incas que não tinham escrita e os maias que não possuíam cidades e, no entanto, incas e maias foram grandes civilizações.
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